sábado, 6 de fevereiro de 2010

Aventuras de um casal...

Sempre venho aqui com algum pensamento alheio ou em algum momento triste. É, eu sei. Mas, esse espaço aqui é meu e eu escrevo aqui o que eu quiser.


Tenho que relatar o que aconteceu ontem comigo e com meu marido.

Meu marido é um cara muito do bem, e diferentemente de mim ele sabe comprar, vender, alugar porque ele tem o dom da negociação, da barganha, da famosa PECHINCHA, coisa que eu não faço. Sou do tipo:

-E quanto custa?
-R$ 900,00
-Tem desconto a vista? (Essa pergunta só faço se minha mãe ou meu marido estiverem por perto)
-Não. Ano passado tava R$ 1.300,00, já está com um super desconto.
-Ok, débito.

E saio pensando que fiz um negocião e “evitei a fadiga”

Já meu marido, transforma esse diálogo em uma Odisséia e consegue levar o mesmo produto por R$ 450,00. Não gosto de conversa em loja, não gosto de conversa com vendedor.

Essa pequena introdução pretende que vocês leitores, então, entendam qual é o impacto da palavra grátis em cada um de nós.

Para mim, o “grátis” é:
-Ah, tá... Grátis. Sei.

Para meu marido:
-GRÁTIS?? Onde? Como? Vamos. É grátis.

Agora, vamos aos fatos:
Meu lindo marido há dias recebeu um convite para um evento de divulgação de um Resort no litoral norte de São Paulo, e a presença no tal evento daria direito a uma estadia, para o casal, gratuita no Resort.

Na primeira vez, não conseguimos ir ao evento, na segunda, tampouco. E, mesmo assim, continuavam ligando e remarcando... Eu pensava “Roubada, roubada, roubada”. E ele “Grátis, grátis, grátis”.

Finalmente, a chuva deu uma trégua naquele horário e eu acompanhei meu marido ao evento.

Ele imaginava um cocktail, um evento de verdade...
Quando chegamos, na sala de espera, pensamos em seqüestro coletivo, clube de swing ou seleção de casais para repovoar a Terra após o apocalipse...

Nada disso, mates!

Eram umas 10/15 mesas redondas, cada uma com um “consultor de turismo” (leia-se vendedor), querendo nos convencer durante OITENTA MINUTOS (e também GUARANÁ e SALGADINHOS TORCIDA),

com perguntas sobre nossos hábitos, fotos do resort, páginas da web, vídeos explicativos que nós deveríamos desembolsar R$ 10.000,00 e transformá-los em pontos, mais a taxa mensal de manutenção de –acho- R$ 119,00 reais, para termos 32 semanas de viagens e diversão, isso com vantagens e descontos que nos fariam gastar em média R$ 25,00 com hospedagem, ao longo dessas 32 semanas que poderíamos dividir, de acordo com nossa vontade, nos próximos TRINTA ANOS.

O melhor foi a menina que tentou nos convencer que estávamos perdendo a chance de nossas vidas, porque obviamente dissemos “não”. Ah, como eu gostaria de dizer “NUNCA”, mas o não bastou.

No final nos deram a tal cortesia para conhecer o tal resort, que devemos agendar com TRINTA DIAS de antecedência e que eu tenho certeza que não vamos fazer...

Ele saiu meio puto com a arrogância da vendedora de falar com ele como se ele fosse um tapado por perder a grande chance da vida dele, e cantando “Entrei de gaiato num navio”, eu dizendo “Só faria essas coisas por você” ... Loucos para ver o Globo Repórter, e comer pizza.

Hoje como recompensa vou ganhar a companhia do meu marido no show dos KoS, no Blackmore... hehehe. Já disse o poeta “Pay the price”.

Bom, se receberem qualquer convite da ROKA HOTÉIS, e não quiserem gastar qualquer quantia com um negócio mal explicado e totalmente esquisito (e também se acharem que guaraná e salgadinhos torcida “de graça” não valem uma ida até ao Pacaembu), apaguem o e-mail, se te ligarem diga que assim que você sair da Penitenciária lhes dará a devida atenção.

Um comentário:

Unknown disse...

Mariana, infelizmente eu fui enganada por eles... agora estou tentando entrar com um processo para ser ressarciada pelos serviços não prestados.
Quem sabe te chamo pra ser minha testemunha...rs
Obrigada

Valeria