segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Augusta, Angélica e Consolação


Tom Zé

Augusta, graças a deus,

Graças a deus,

Entre você e a Angélica

Eu encontrei a Consolação

Que veio olhar por mim

E me deu a mão.

Augusta, que saudade,

Você era vaidosa,

Que saudade,

E gastava o meu dinheiro,

Que saudade,

Com roupas importadas

E outras bobagens.

Angélica, que maldade,

Você sempre me deu bolo,

Que maldade,

E até andava com a roupa,

Que maldade,

Cheirando a consultório médico,

Angélica.

Augusta, graças a deus,

Entre você e a Angélica

Eu encontrei a Consolação

Que veio olhar por mim

E me deu a mão.

Quando eu vi

Que o largo dos aflitos

Não era bastante largo

Pra caber minha aflição,

Eu fui morar na estação da luz,

Porque estava tudo escuro

Dentro do meu coração.

Nenhum comentário: